A Bruxa Mariá e a Festa das Abóboras

Era uma vez, numa pequena aldeia escondida entre colinas suaves, uma bruxa chamada Mariá. Mas atenção — não era uma bruxa qualquer! Nada de risadas maléficas ou feitiços assustadores. Mariá era a bruxa mais bondosa, simpática e... surpreendentemente doce que alguém poderia encontrar.

Vivendo numa casa acolhedora no coração da floresta, partilhava o lar com três gatos pretos — Saltos, Mia e Fofucho — e uma trupe de morcegos brincalhões que adoravam ajudá-la nas tarefas do dia a dia. Uma família pouco convencional, é certo... mas cheia de ternura.

Todos os anos, quando o outono tingia a paisagem de laranja e dourado, Mariá organizava a lendária Festa das Abóboras. Um momento mágico onde os habitantes da aldeia — miúdos e graúdos — se reuniam para celebrar a amizade, a natureza... e o respeito pelas diferenças.

Mas naquele ano, Mariá teve uma ideia luminosa. Queria mostrar às crianças que nem todas as bruxas são assustadoras, que gatos pretos dão óptimos amigos de colo e que até os morcegos têm o seu encanto! Arregaçou as mangas (ou melhor, ajeitou a capa), chamou Saltos, Mia, Fofucho e os morcegos, e juntos prepararam uma festa recheada de surpresas.

Chegado o grande dia, as crianças invadiram a floresta com olhos curiosos e risos nervosos. A primeira surpresa? Uma caça ao tesouro mágica! Mariá escondeu pistas dentro de abóboras espalhadas entre as árvores, e cada pista levava a um desafio divertido.

Logo de início, as crianças tinham de apanhar folhas caídas e criar um desenho com elas. O Coelhinho Tico, o mais pequenito do grupo, fez uma árvore tão bonita que arrancou aplausos de todos!

A cada nova abóbora, um novo encantamento: descobriram que os morcegos são verdadeiros guardiões da floresta, ao devorarem os insectos chatos. Saltos, com as suas patas de veludo, ensinou que os gatos pretos são tão meigos como qualquer outro bichano. Já a Mia, com o seu miado desafinado, pôs todos a dançar com uma coreografia hilariante!

E no final da aventura... uma explosão de alegria! Dentro da maior abóbora estava escondido um bolo gigante de abóbora. — Uau! — gritaram todos em uníssono. Mariá distribuiu fatias generosas, enquanto os morcegos penduravam lanternas nas árvores, transformando a floresta num céu de pequenas estrelas.

Mariá, de sorriso sereno, observava as crianças — agora sem receios, apenas encantadas. Estavam a aprender algo valioso: nem tudo o que parece estranho é perigoso. Às vezes... é só mal compreendido.

Quando o sol mergulhou atrás das montanhas, começou a dança final. As crianças cantavam, riam, abraçavam-se. E ali, no meio delas, Mariá — chapéu pontiagudo, sim, mas coração enorme.

No fim da noite, todos os aldeões agradeceram com entusiasmo. Foi, sem dúvida, a melhor Festa das Abóboras de sempre!

E desde esse dia, Mariá, os seus gatos e os morcegos passaram a ser vistos com outros olhos — olhos de quem entende, de quem acolhe, de quem sabe que a magia mora nas diferenças.

E claro… viveram felizes para sempre — entre festas luminosas, gargalhadas soltas e montes de abóboras doces. 🎃✨🦇

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