O RATO DA CIDADE E O RATO DO CAMPO

Numa noite silenciosa e elegante, um rato da cidade — todo pompa e polidez — convidou o seu primo do campo para um jantar especial. O prato? Sopa de tartaruga. A mesa? Coberta por um tapete turco tão macio que mais parecia um pedaço de nuvem.

Lá estavam eles, com os bigodes a brilhar e os olhos a cintilar, prontos para saborear o banquete.

Mas mal tocaram na primeira garfada… RAT-TAT!
Um barulho repentino, vindo da porta, gelou-lhes o sangue.

O rato da cidade foi o primeiro a saltar — rápido como um raio! O do campo não ficou atrás. Esconderam-se ambos num buraco na parede, ofegantes.

Minutos depois, silêncio.

— "Voltemos à mesa, meu caro," sugeriu o rato da cidade, tentando parecer calmo. "A sopa ainda está quente, e o susto já passou."

Mas o rato do campo abanou os bigodes e respondeu com firmeza:

— "Agradeço a tua hospitalidade, primo, mas amanhã janto em minha casa. Lá não tenho tapetes, nem tartarugas à mesa, é verdade. Mas como em paz. Sem sobressaltos, sem sustos. E para mim… isso vale mais do que qualquer luxo."

Moral da história?
🐭 Melhor uma refeição simples com sossego do que um festim entre sustos.
🌿 Nem tudo o que brilha é aconchego. E a tranquilidade… não tem preço.

Perfeito para ensinar às crianças que a calma e a simplicidade, muitas vezes, são os maiores tesouros.

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